Sim... Toda a gente chora por ela, mas todos acabam por chuchar no dedo, mais cedo ou mais tarde... Aqui relata-se e denuncia-se. Veneno e má-língua são obrigatórios à entrada, e dispensa-se o uso de sapatos. Calce as chinelas, está em casa...

domingo, julho 31, 2005

O Despertar




Cá retorno após umas retemperantes férias.

Como não podia deixar de ser, algumas semanas em Portugal são perfeitamente suficientes para carregar as “baterias” com negativismo, pessimismo e um profundo sentimento de desilusão.

O que mudou no nosso país? Que soluções milagrosas foram trazidas pelo Partido Socialista? Que outro reformado irão trazer para a lista de possíveis adversários de Cavaco Silva?

Sinto-me obviamente desiludido, e neste panorama é fácil perceber as razões para a crescente diminuição da entrada de divisas provenientes dos emigrantes. Em que é que se vai investir? Em que é que se pode ajudar um país que apesar de estar em crise tem o maior gasto europeu em apostas de jogos de sorte (azar)? Desde Outubro do ano passado foram gastos cerca de 650 milhões de euros em apostas (algo como 130 milhões de contos na NOSSA antiga moeda), e a pergunta que acorre ao nosso pensamento é: Que poderia ser feito em Portugal com tal quantia? Quanto desse dinheiro não será desviado de melhores propósitos? Arriscaria mesmo a dizer que o aumento dos preços provocado pelo IVA poderia ser pago durante largos meses com essa quantia, poupando o decréscimo da confiança dos consumidores e acima de tudo poupando medidas desesperadas e ridiculamente despesista por parte do Governo que “alegremente” o povo escolheu (?) …

E agora? Que rumo espera esta decrépita classe política? Neste contexto de dúvida aconselho o artigo de opinião escrito por Luís Faria na revista TEMPO nº85 de Julho de 2005. Acho mesmo brilhante o neologismo por ele criado: “Vamos amukiná-los!”. É pois com fé num possível pragmatismo nestas palavras que eu espero de mangas arregaçadas, enquanto trabalho arduamente com as forças que tenho para pagar aquilo que em Portugal é impossível comportar com o ordenado mais comum em Portugal: o Mínimo.

Bem hajam vossos olhos!

terça-feira, abril 05, 2005

A Inoperância



No seguimento do update anterior desenvolvo o delicado tema.

O que acontece com o emprego em Portugal é que é do domínio popular que só o Funcionário Público é que vê os seus direitos prevalecerem. Todos os anos é um “festival” de manifestações organizadas pela UGT/CGTP, 99% delas dedicadas à Função Pública. Mas a realidade é que a Função Pública é uma minoria na realidade do emprego em Portugal. Todos sabem que para se ser funcionário público é preciso “conhecer” alguém na Câmara Municipal ou na Junta de Freguesia, e de certo que muitos já se viram numa situação em que mesmo depois de se candidatarem a uma vaga o “júri” nem sequer convoca a mandatória entrevista. Uma vergonha que todos ignoram na esperança da “cunha” calhar a eles um dia…

No sector privado outra infracção é ignorada – os contratos a termo. São reservados a casos específicos em que o posto é temporário, mas o que é certo é que TODOS os funcionários estão ao abrigo do mesmo. Apenas mais um privilégio dado às empresas que lhes dá a possibilidade de ameaçar o funcionário com o despedimento impunemente. O IDICT também pouco age. Não há inspecções regulares, e quando as fazem já há muito que as empresas o sabiam… Quando um trabalhador se dirige a uma agência do dito instituto apenas fica a saber que pouco ou nada pode fazer para se proteger.

Temo agora que a missão de extinguir as empresas em défice (saliente-se que este défice nunca atinge os administradores, pois esses têm sempre o seu ordenado a tempo e horas, e quando para abrir falência colocam todos os activos no bolso e fogem) seja interrompida pela já característica subserviência dos governos de esquerda ao sector privado.

Como exemplo da ultrajante impunidade das empresas basta ler o seu contrato, e verificar que tem quase de certeza uma cláusula que permite a empresa transferi-lo a qualquer momento para outras instalações em qualquer ponto do país. Na prática imagine-se residente no Minho a auferir o ordenado mínimo e ser transferido para o Algarve a auferir o mesmo salário. Não é preciso ser sobredotado para saber que isto só leva a uma “solução” – o Desemprego.

Bem hajam vossos olhos.

segunda-feira, março 28, 2005

A Procura



Venho por este meio lançar a minha opinião sobre a mítica questão do Emprego em Portugal.

O Emprego é em Portugal uma questão vulgarmente vista de um prisma puramente primário, em que o nº de vagas e o nº de candidatos é o que rege o índice de Desemprego. Mais recentemente olha-se mais para as candidaturas ao Fundo de Desemprego e consequentes inscrições no Centro de Emprego correspondente. Acho demasiado simplista e pouco realista.

A verdadeira questão reside na permanência do trabalhador no posto de trabalho e na extensão do contrato, pois a esmagadora maioria dos trabalhadores em Portugal está sujeito a contratos a termo, ao abrigo da permissividade com que estes contractos que se queriam como pontuais são generalizadamente encarados. Serve isto para atentar que muitas vezes as soluções não estão nas reformulações amplas mas sim nos controlos pontuais.

O que acontece é que os sucessivos governos se decidem pela subserviência às empresas, acreditando que a entidade a ser incentivada é a empregadora. Já basta a ausência de vontade em privilegiar o incentivo à educação, ainda por cima dá-se liberdade às empresas para empregar a rotatividade em detrimento da formação do funcionário.

Se o objectivo do Governo é atrair a busca de mão-de-obra de baixo custo por parte das grandes multinacionais então jamais se poderá fortalecer o produto nacional, para não falar da incapacidade a nível de população activa para poder oferecer condições superiores aos actuais países usando esse método.

Mais há para dizer sobre este tema, mas deixo para futuros updates a abordagem mais específica das várias problemáticas.

Bem hajam vossos olhos…

quarta-feira, março 23, 2005

O Fórum

Após uma "longa" ausência retorno à actividade.

Durante este tempo estive a labutar na criação oficial do Fórum Chupeta Democrática, o qual está pronto e ONLINE.

Participe e ajude a dar voz aos Portugueses realmente interessados em lutar por um Portugal melhor para os Portugueses!






Bem hajam vossos olhos.

terça-feira, março 15, 2005

Menos dá Mais



Este é um tempo onde o canudo é um luxo, e ao mesmo tempo algo que poucas vantagens traz. De certo modo é como comprar um Ferrari em Portugal. É muito caro, e nestas estradas portuguesas só jipes é que se safam. É só atalhos pela mata…

Então mas porque é que os jovens portugueses estão presos a um ensino “pesado” e generalista por demais, com horários que começam às 8:00 e só 10 horas depois deixam os alunos em paz. É inédito. Esta sobrecarga de conhecimento traduz-se efectivamente em um aumento de conhecimento? Claro que não. Perguntem a um aluno a começar um novo ano lectivo os conteúdos programáticos do ano anterior… É para dar emprego aos milhares de professores no desemprego? A nível de recursos humanos é um erro crasso, especialmente quando há falta gritante de escolas. Para quê agremiar crianças de várias zonas suburbanas circundantes, na maior parte das vezes levando a uma perda de identificação do jovem para com a área onde cresceu e maturou-se como indivíduo, centralizando as massas humanas nas cidades, desertificando as áreas circundantes. Primeiro foi o Interior a perder para o Litoral, e agora é o “Subúrbio” a perder para a Cidade? A resposta para a falta de emprego e excesso de conteúdos programáticos é precisamente a inversão desta tendência, ou seja, a criação de mais escolas de menores dimensões, mais específicas, onde os professores não teriam de desdobrar o seu expediente em várias disciplinas e turmas, abrindo espaço para os desempregados. É óbvio que para tal são necessários fundos, mas verdade seja dita que o futuro de Portugal não são as estradas mas sim os jovens, futuros adultos do “amanhã”. De certeza que num orçamento vasto a nível de empreendimentos rodoviários há espaço para cortes e desvios de fundos em direcção à educação. Um jovem com um ensino mais breve e específico transforma-se mais rapidamente em membro da população activa, e população activa gera activos para o Estado. Vejam a Grécia e o Reino Unido, por exemplo, e perguntem-se porque sempre estivemos na cauda.

Bem hajam vossos olhos.

sábado, março 12, 2005

Quantos são? Venham eles!



Estava eu a calmamente a guiar pelas curvas da IP5 quando dou por mim a pensar nas palavras de um conhecido meu. Tendo em conta isso mesmo decidi criar um passatempo de condutor, o “Olha mais uma catrefada deles!”. Começo então o jogo. Vou eu a conduzir numa subida e lá está uma catrefada deles… Mais uma curva e lá está outra catrefada deles… Abismo à esquerda e uma catrefada deles à direita… Se por cada catrefada deles eu ganha-se 100 euros era a minha secretária que escreveria isto… Mas o que me constou foi que realmente houve quem ganha-se por cada catrefada deles, mais especificamente cada um. Mas perguntará o leitor:”De que raio é que ele está aqui a falar?”. Primeiro, note-se que não estou a falar mas sim a escrever. Segundo, dou uma pista: Andam nas florestas de Portugal, têm um cheiro intenso, e normalmente andam sempre todos descascados. Antes de começar a pensar em tarados e sem-abrigo eu respondo-lhe: São os eucaliptos! Mas que raio poderá esse conhecido meu ter-me dito sobre eles?
Numa das legislaturas pós-adesão à U.E. (então C.E.E.) Portugal estava embalado nos incentivos económicos da mesma, e quando a U.E. decidiu pagar aos países membros por cada “pé” de eucalipto plantado que é que acham que o governo fez? Ora nem mais! Toca a arrasar todos os terrenos e florestas em terrenos económicos (maioritariamente adjacentes a auto-estradas e vias equivalentes) e plantem mais “pés” de eucalipto que o equivalente em nº populacional do país! É assim mesmo. O eucalipto até cresce rápido que se farta, e depois ainda se vende à indústria do papel. Mas como tantos outros projectos decididos em cima do joelho faltou perguntar ao Gabinete do Ambiente as consequências da plantação de eucaliptos. Faltou perceber que o eucalipto drena enormes quantidades de humidade dos solos, tornando-os estéreis por muitos anos após o eucalipto ser “cortado”, assim como ter em conta que o eucalipto é das árvores mais ingratas a nível de incêndios pois contribui para a sua rápida propagação e sobrevive ao mesmo (note-se sempre nos incêndios quais as árvores carbonizadas que permanecem em pé), fazendo com que se torne na espécie maioritária e propagando a elevada “drenagem” dos solos por maiores extensões. Mas pronto! Pelo menos o dinheiro teve bom uso. Agora temos meios eficazes de combate aos incêndios, e… Hãh? O quê? Não temos isso? Então para onde foi o dinheiro? Pois… Antes que me acusem de perseguição a este ou aquele partido remeto-me ao silêncio. Fica a ideia do jogo, e como conselho, se jogar com alguém garanta sempre que fica na equipa dos eucaliptos…

Bem hajam vossos olhos…

sexta-feira, março 11, 2005

A Actualização



Ora aqui está de volta.

No seguimento de alguns comentários gostaria de lembrar o leitor para o facto de o "Chupeta Democrática" não ter filiação partidária, pelo que não se poderá rotular os textos aqui inseridos como "ataques" pessoais ou institucionais. Não estão em causa nem as pessoas nem os partidos, mas sim as decisões e o impacto das mesmas no presente e no futuro de Portugal.

Pequenas alterações foram feitas no blog devido a recentes manifestações de profunda frustração por parte de um dos nossos visitantes, as quais tinham obviamente o objectivo de descredibilizar fraudulentamente este blog e o seu criador. Aos proprietários dos blogs e weblogs visados o meu sincero pedido de desculpas.

Os convites para a integração no grupo de trabalho do blog já foram enviados, e as adições anunciadas assim que estiver oficializado.

Bem hajam vossos olhos.