Sim... Toda a gente chora por ela, mas todos acabam por chuchar no dedo, mais cedo ou mais tarde... Aqui relata-se e denuncia-se. Veneno e má-língua são obrigatórios à entrada, e dispensa-se o uso de sapatos. Calce as chinelas, está em casa...

segunda-feira, março 28, 2005

A Procura



Venho por este meio lançar a minha opinião sobre a mítica questão do Emprego em Portugal.

O Emprego é em Portugal uma questão vulgarmente vista de um prisma puramente primário, em que o nº de vagas e o nº de candidatos é o que rege o índice de Desemprego. Mais recentemente olha-se mais para as candidaturas ao Fundo de Desemprego e consequentes inscrições no Centro de Emprego correspondente. Acho demasiado simplista e pouco realista.

A verdadeira questão reside na permanência do trabalhador no posto de trabalho e na extensão do contrato, pois a esmagadora maioria dos trabalhadores em Portugal está sujeito a contratos a termo, ao abrigo da permissividade com que estes contractos que se queriam como pontuais são generalizadamente encarados. Serve isto para atentar que muitas vezes as soluções não estão nas reformulações amplas mas sim nos controlos pontuais.

O que acontece é que os sucessivos governos se decidem pela subserviência às empresas, acreditando que a entidade a ser incentivada é a empregadora. Já basta a ausência de vontade em privilegiar o incentivo à educação, ainda por cima dá-se liberdade às empresas para empregar a rotatividade em detrimento da formação do funcionário.

Se o objectivo do Governo é atrair a busca de mão-de-obra de baixo custo por parte das grandes multinacionais então jamais se poderá fortalecer o produto nacional, para não falar da incapacidade a nível de população activa para poder oferecer condições superiores aos actuais países usando esse método.

Mais há para dizer sobre este tema, mas deixo para futuros updates a abordagem mais específica das várias problemáticas.

Bem hajam vossos olhos…